Esta seção abriga textos produzidos pela equipe do projeto As Margens da Pandemia, relatos de maternidade.
De certa forma, estes textos também são relatos, expressando nossos diferentes lugares de escuta e de fala, saberes e sensibilidades envolvidos nas diferentes etapas do projeto e, sobretudo, nos contatos com as mulheres que gentilmente se dispuseram a conversar conosco e compartilhar um pouco de seu tempo e suas vidas.
Camila Bylaardt Volker assina o texto A forma de um relato, situando o início do projeto na sua própria produção de um relato enquanto acadêmica e mãe na pandemia, suscitando tensões acerca dessa forma discursiva com as limitações ao diálogo que o nosso modo de coleta nos permitiu.

Ana Fiori apresenta a metodologia da coleta dos relatos, explicando a metodologia de “bola de neve” tal como aplicada pela aquipe. Escreve também sobre a passagem do cuidado perigoso à vulnerabilidade do relato, sobre questões éticas implicadas no trabalho.
Aline Paiva reflete sobre a emergência de seus papeis como mãe e como pesquisadora, em vivenciado e pesquisando a maternidade.
Robenylson de Oliveira Mota relaciona a sua escuta das mães entrevistadas à “hora perigosa“, experimentada pela protagonista do conto “Amor”, de Clarice Lispector.